Projeto de reflorestamento das margens do Cachoeira ganha destaque nacional

O velho e belo Cachoeira ainda sofre
Arquivo/JBO

A Prefeitura de Itabuna, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (Seagrima) garantiu recursos de aproximadamente R$ 2 milhões e 500 mil reais do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas (Fundo Clima), do Ministério do Meio Ambiente (MMA) até 2016, ao classificar nacionalmente em segundo lugar o projeto “Recuperação da Mata Ciliar do Rio Cachoeira como Medida de Controle de Inundações no Município de Itabuna, Litoral, Sul da Bahia”. A contrapartida do município será de R$ 9.780,00.

O projeto já assinado pelo prefeito Claudevane Leite prevê a recuperação da vegetação nativa (mata ciliar) às margens do Rio Cachoeira e seus afluentes para favorecer a restauração de serviços ecossistêmicos e, sobretudo minimizar os efeitos das chuvas a população local. “Para isso, será realizado um diagnostico local com mapeamento e georreferenciamento das áreas, bem como cursos de capacitação de agentes ambientais e de sensibilização da comunidade, além do reflorestamento das matas ciliares do Rio Cachoeira e das nascentes, por meio do plantio de 400 mil mudas de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica”, diz a justificativa.

O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Lanns Almeida Filho, comunicou ao prefeito Vane a aprovação do projeto pelo Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, do Ministério do Meio Ambiente, que tem por finalidade financiar projetos, estudos e empreendimentos que visem à redução dos impactos da mudança do clima e à adaptação a seus efeitos. A área de intervenção será de 1,8 quilômetros quadrados distribuídos às margens direita e esquerda do rio principal Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira e ainda dos afluentes dos bairros São Roque e Antique, obedecendo aos limites municipais a oeste com Itapé e a leste com o município de Ilhéus.

O projeto concorreu no Edital nº 02/2014 do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas – FNMC, concorrendo com diversos outras instituições, como prefeituras, universidades federais, ONGs e OSCIPs de renome. Na primeira chamada do edital o projeto já se classifica como o 2º. colocado no ranking nacional. “Já é um resultado importantíssimo para as questões ambientais debatidas no nosso município. Um marco da nossa gestão. Com certeza um dos maiores projetos já captados pelo poder público municipal na questão ambiental no nosso município” ressalta o secretário Lanns Almeida.

Para a diretora do Departamento de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Demarh da Seagrima, Ana Paula Carvalho, o projeto vem num momento importante onde as questões de falta d’água começam a afetar de maneira séria municípios grandes no Brasil.

Para a geógrafa Waleska Viana, responsável técnica pela elaboração do projeto da Seagrima, o projeto trará impactos ecossistêmicos de curto, médio e longo prazo, e nos trará uma análise atualizada e detalhada da situação dos efluentes e nascentes do Cachoeira situadas no território itabunense. A meta agora é realizar os devidos ajustes e se preparar para uma execução participativa, discutida e transparente junto ao Conselho de Meio Ambiente do Município de Itabuna, pelo fato de a recuperação das matas ciliares nos trechos não edificados, além de proteger as nascentes, reduzir a erosão e o assoreamento dos corpos hídricos, levando à melhoria da qualidade e da quantidade de água, reduzindo também a perda de solos.